Em um Futuro Não Muito Distante: Arrebatamento, Profecias Bíblicas e a Crise da Humanidade
Em um Futuro Não Muito Distante: Arrebatamento, Profecias
Bíblicas e a Crise da Humanidade
Autor: João Claudio Bueno
Sumário
- Introdução
- A
Crise Ambiental como Alerta Escatológico
- O
Arrebatamento: Pré ou Pós-Tribulação?
- Visão
Pré-Tribulacionista
- Visão
Pós-Tribulacionista
- A
Desumanização e a Perda de Valores
- A
Tecnologia como Ferramenta de Controle
- A
Perspectiva Pós-Tribulacionista de Paul C. Jong
- A
Falsa Paz e a Perseguição
- A
Esperança em Meio ao Caos
- Conclusão
- Nota
do Autor
- Fontes
e Conteúdo Relacionado
1. Introdução
Vivemos em um tempo de paradoxos. A tecnologia nos conecta
globalmente, mas a desconexão espiritual e a crise ambiental nos afastam da
essência da nossa humanidade.
As imagens que
acompanham este texto não são meras ilustrações; são reflexos de um futuro que
se aproxima rapidamente, um futuro onde as profecias bíblicas e a realidade
tangível se encontram em um ponto de convergência alarmante.
A ganância desmedida,
a negligência das escrituras e a busca incessante por poder nos conduzem a um
caminho perigoso, onde o caos se torna uma possibilidade iminente.
Para aprofundar nossa compreensão desse cenário, é crucial
examinar as diferentes interpretações das profecias bíblicas, especialmente
aquelas relacionadas ao Arrebatamento, um evento central na escatologia cristã.
O livro "A Era do Anticristo, Martírio, Arrebatamento e
do Reino Milenar está chegando? (II)" de Paul C. Jong, que serve de base
para algumas das discussões aqui apresentadas, oferece uma perspectiva
pós-tribulacionista sobre o tema, que será considerada em nossa análise.
2. A Crise Ambiental como Alerta Escatológico
As chamas que consomem florestas, o gelo que derrete em ritmo acelerado, e as cidades submersas pela fúria dos oceanos não são apenas manchetes de jornais. São sinais de um planeta em agonia, um planeta que clama por socorro.
As escrituras nos alertam sobre a destruição da Terra (Apocalipse
11:18), e a ciência confirma que estamos acelerando esse processo.
A ganância por recursos, a produção desenfreada e o
consumismo desenfreado nos cegaram para as consequências de nossas ações.
Este futuro de desastres ambientais não é distante; já está
acontecendo.
A metáfora bíblica das "dores de parto" (Romanos
8:22) ressoa com a intensificação das catástrofes naturais.
Assim como uma mulher em trabalho de parto, a Terra geme e sofre, anunciando o nascimento de uma nova era.
No entanto, este nascimento é
precedido por um período de intensa angústia e transformação.
As alterações climáticas extremas, como o aumento da
frequência e intensidade de furacões, secas prolongadas e inundações
devastadoras, podem ser interpretadas como os sinais premonitórios desse
período de sofrimento.
A perda de
biodiversidade, o esgotamento dos recursos naturais e a poluição generalizada
também contribuem para a degradação do planeta, afetando a vida de milhões de
pessoas e ecossistemas em todo o mundo.
3. O Arrebatamento: Pré ou Pós-Tribulação?
Dentro da escatologia cristã, o Arrebatamento é a crença na
remoção dos crentes da Terra para encontrar o Senhor.
No entanto, há um debate significativo sobre o momento desse
evento em relação à Grande Tribulação, um período de intenso sofrimento e
provação que antecede a Segunda Vinda de Cristo.
A visão pré-tribulacionista defende que a Igreja será arrebatada antes do início da Grande Tribulação, sendo poupada da ira divina.
Essa perspectiva se baseia em interpretações de passagens como 1
Tessalonicenses 1:10, 1 Tessalonicenses 5:9 e Apocalipse 3:10, que falam sobre
os crentes serem livrados da ira vindoura.
Os defensores dessa visão enfatizam a iminência do
Arrebatamento, a ideia de que pode ocorrer a qualquer momento.
Eles argumentam que
Deus sempre proveu um meio de escape para os justos antes de derramar sua ira
(ex: Noé, Ló).
A figura de Noé, que foi retirado do mundo antes do dilúvio,
e Ló, que foi retirado de Sodoma antes de sua destruição, são frequentemente
citados como exemplos de como Deus protege os justos da sua ira.
Essa interpretação
também está ligada à ideia de que a Igreja é a noiva de Cristo, e, portanto,
será retirada antes do período de tribulação, que é visto como um tempo de
juízo sobre o mundo ímpio.
A visão pós-tribulacionista sustenta que a Igreja passará pela Grande Tribulação e será arrebatada apenas após esse período, como parte da Segunda Vinda de Cristo.
Essa perspectiva encontra suporte em passagens como
Mateus 24:29-31, Apocalipse 7:9-14 e Apocalipse 13:7, que descrevem a Igreja
presente durante a Tribulação.
O livro "A Era do Anticristo, Martírio, Arrebatamento e
do Reino Milenar está chegando? (II)" de Paul C. Jong, que abordaremos
mais adiante, defende essa perspectiva. Jong argumenta que o Arrebatamento
ocorrerá após os três anos e meio da Grande Tribulação e que os santos passarão
pelas pragas das sete trombetas.
Essa visão enfatiza a perseverança da Igreja em meio ao
sofrimento e a sua participação na redenção do mundo.
A Grande Tribulação é vista como um período de purificação e
fortalecimento da fé dos crentes, que os prepara para a vinda gloriosa de
Cristo.
4. A Desumanização e a Perda de Valores
A crescente violência, a intolerância, e o ódio que se
espalham pelas redes sociais refletem uma sociedade que perdeu seu norte moral.
A busca por poder e status, a idolatria do dinheiro, e a
relativização da verdade corroeram os alicerces da ética e da compaixão.
As escrituras nos advertem sobre os tempos de apostasia e
frieza espiritual (2 Timóteo 3:1-5), e vemos esses sinais se manifestarem em
nossa cultura.
A desumanização nos torna indiferentes ao sofrimento alheio,
egoístas, e incapazes de amar. Este futuro de relações fragmentadas e
individualismo exacerbado já é uma realidade para muitos.
A violência urbana, o aumento dos crimes de ódio, a
exploração e o tráfico de pessoas, e a crescente desigualdade social são alguns
dos exemplos da desumanização que assola a sociedade contemporânea.
A perda de valores
tradicionais, como a família, a comunidade, e a solidariedade, aliada à
ascensão do individualismo e do consumismo, contribuem para a fragmentação
social e a erosão do tecido moral.
A relativização da
verdade, a manipulação da informação, e a proliferação de ideologias
extremistas também representam ameaças à dignidade humana e à coexistência
pacífica.
5. A Tecnologia como Ferramenta de Controle
A tecnologia, que deveria ser um instrumento de progresso, se torna muitas vezes uma ferramenta de controle e vigilância.
A coleta de dados, a manipulação da informação, e a inteligência artificial podem ser usadas para limitar a liberdade, monitorar o comportamento, e impor uma agenda.
As escrituras nos alertam sobre a marca da Besta (Apocalipse 13:16-18), um sistema que busca controlar todos os aspectos da vida humana.
A ganância das
grandes corporações e a sede de poder dos governos pode nos levar a um futuro
distópico, onde a individualidade é suprimida e a liberdade é apenas uma
ilusão.
A vigilância em massa, o controle da internet, a censura da informação, e a manipulação da opinião pública são algumas das formas como a tecnologia pode ser usada para restringir a liberdade individual e impor um sistema de controle social.
O desenvolvimento de armas autônomas, a utilização de reconhecimento facial para fins de vigilância, e a criação de identidades digitais únicas também levantam questões éticas e morais sobre o futuro da humanidade.
A concentração do poder tecnológico nas mãos de poucos e a falta de
transparência e prestação de contas no desenvolvimento e uso dessas tecnologias
representam um perigo para a democracia e os direitos humanos.
6. A Perspectiva Pós-Tribulacionista de Paul C. Jong
O livro "A Era do Anticristo, Martírio, Arrebatamento e
do Reino Milenar está chegando? (II)" de Paul C. Jong oferece uma análise
detalhada do Apocalipse e defende a visão pós-tribulacionista do Arrebatamento.
Jong argumenta que:
- O
Arrebatamento ocorrerá após os três anos e meio da Grande Tribulação.
- Os
santos passarão pelas pragas das sete trombetas.
- O
livro explora em profundidade temas como o Anticristo, a marca do 666, o
martírio dos santos e o Reino Milenar.
A obra de Jong contribui para o debate escatológico, desafiando a doutrina do arrebatamento pré-tribulação e oferecendo uma interpretação alternativa das profecias bíblicas.
Ele descreve a Grande Tribulação como um período de intenso sofrimento e perseguição, durante o qual os crentes serão chamados a permanecer firmes em sua fé e a testemunhar o evangelho diante de um mundo hostil.
O Anticristo é apresentado como uma figura
central nesse período, um líder mundial que se oporá a Deus e perseguirá os santos,
exigindo adoração e lealdade absolutas.
7. A Falsa Paz e a Perseguição
Em meio ao caos, surge a busca por uma falsa paz, uma
solução artificial para os problemas da humanidade. Líderes carismáticos e
ideologias sedutoras prometem um futuro melhor, mas escondem suas verdadeiras
intenções.
As escrituras nos alertam sobre o Anticristo, um enganador
que se apresentará como salvador (2 Tessalonicenses 2:3-4). A perseguição aos
verdadeiros crentes, que se recusam a se conformar com o sistema, se
intensifica.
Este futuro de engano e opressão está se desenhando diante
de nossos olhos.
A ascensão de líderes autoritários, a propagação de
ideologias totalitárias, e a imposição de uma ordem mundial unificada são
alguns dos cenários que podem levar a uma falsa paz.
A supressão da dissidência, a perseguição religiosa, e a
violação dos direitos humanos são as consequências inevitáveis desse tipo de
sistema.
Os crentes, que se recusam a adorar o Anticristo e a se
conformar com a sua agenda, enfrentarão a ira do sistema e serão submetidos a
tortura, prisão, e morte.
O martírio dos santos é um tema recorrente nas profecias
bíblicas, um testemunho da sua fidelidade a Cristo até o fim.
8. A Esperança em Meio ao Caos
Apesar do cenário sombrio, as escrituras também nos oferecem
esperança.
A promessa do retorno de Cristo, o Reino Milenar, e o Novo
Céu e Nova Terra nos dão força para perseverar (Apocalipse 21:1). Como foi
mencionado, a Bíblia pode ser vista como um manual para viver de forma saudável
no planeta Terra.
As escrituras nos alertam sobre as dores de parto que a
Terra experimenta (Romanos 8:22, Apocalipse 12:2), simbolizando a luta e o
sofrimento da humanidade, mas também a esperança de um novo nascimento e a
vitória sobre o mal.
No entanto, essa esperança não nos isenta da
responsabilidade de agir.
Devemos denunciar a injustiça, cuidar do planeta, amar o
próximo, e viver de acordo com os princípios bíblicos.
A verdadeira fé nos impulsiona a ser agentes de
transformação em um mundo que precisa desesperadamente de luz.
A esperança cristã não se baseia em otimismo ingênuo ou em
uma fuga da realidade, mas sim na certeza da vitória final de Cristo sobre o
mal.
O Reino Milenar, um período de paz e justiça
que se seguirá à Segunda Vinda de Cristo, é a promessa de um futuro glorioso
para os crentes.
O Novo Céu e a Nova Terra, uma criação renovada e livre do
pecado e da morte, representam a consumação do plano de Deus para a humanidade.
Essa esperança nos capacita a enfrentar os desafios do
presente com coragem e perseverança, sabendo que a nossa luta não é em vão e
que a nossa recompensa será grande.
9. Conclusão
O futuro não está gravado em pedra. As imagens que apresentamos são alertas, não destinos inevitáveis.
A ganância, a negligência das escrituras, e a sede de poder nos conduzem a um caminho perigoso, mas ainda há tempo para mudar o curso da história.
Se nos arrependermos de nossos pecados, buscarmos a Deus de todo o coração, e agirmos com justiça e amor, podemos construir um futuro diferente, um futuro onde a esperança triunfe sobre o caos.
A obra de Paul C. Jong nos lembra da importância de estudar as profecias
bíblicas com diligência e discernimento, buscando a verdade em meio às
diferentes interpretações.
Que esta leitura desperte em você o desejo de viver de forma mais consciente, alinhado com a verdade da Palavra e com os sinais dos tempos.
A fé verdadeira não é passiva, mas ativa – ela transforma, protege e guia.
Viva
com propósito, esperança, e vigilância, pois o tempo é agora.
10. Nota do Autor
Com fé,
João Claudio Bueno
11. Fontes e Conteúdo Relacionado
- Teologia
Além da Teoria. https://missaolevealuz.blogspot.com/
- Portuguese08.pdf
(A Era do Anticristo, Martírio, Arrebatamento e do Reino Milenar está
chegando? (II) - Paul C. Jong)
- Bíblia
Sagrada (Versículos selecionados)
- Apocalipse
11:18
- Romanos
8:22
- 1
Tessalonicenses 1:10
- 1
Tessalonicenses 5:9
- Apocalipse
3:10
- Mateus
24:29-31
- Apocalipse
7:9-14
- Apocalipse
13:7
- 2
Timóteo 3:1-5
- Apocalipse
13:16-18
- 2
Tessalonicenses 2:3-4
- Apocalipse
21:1-4
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